Segundo minha mãe, quando criança eu dizia que queria ser Top Gun
(isso mesmo, do filme do Tom Cruise que eu tenho muita pouca lembrança).
E olha que eu lembro da copa de
94, Morte do Senna e até da primeira vez que fui no Maracanã que foi em 92.
Minha lembrança sobre o que eu
seria quando crescer era de ser patinador do Carrefour, foi a primeira coisa
que me impressionou em São Paulo quando eu cheguei. Os caras corriam pelo
mercado inteiro, era a coisa mais formidável que o mini Ráfaga poderia admirar.
Mini Ráfaga era uma pessoa
muito mais centrada que o Ráfaga do presente.
Podemos dizer que o Ráfaga
atual é o Neo do Matrix Revolutions que fica cego no meio da história, mas
ainda sim tem que seguir seu caminho. O grande problema é diferente do Neo, eu
não faço ideia de que caminho fazer a respeito de qualquer aspecto da minha
vida.
É como se o livro onde
escreveram minha história tivesse tido um monte de páginas arrancadas e
coladas, com nenhuma narrativa fizesse sentido. Ou um filme com mais três
quartos gravados que os diretores decidissem sair por diferenças criativas (Filme
do Han Solo, eu to olhando para vocês mesmo).
Óbvio que existem suas virtudes
em não saber o que vem pela frente, o problema é não conseguir ver aonde é essa
tal frente e sempre esbarrar na parede, tendo que ter animo para levantar.
Levantar é o mais difícil, quem
sabe amanhã eu consiga e ande de patins ou assista Top Gun.
Acho que o Mini Ráfaga gostaria
disso.